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18 de novembro de 2022

Mantega renuncia a carga na equipe de transição

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Nesta quinta-feira (17), o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Guido Mantega renunciou ao cargo na equipe do gabinete de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

A informação foi confirmada pela equipe de transição, que ainda informou que o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin recebeu a carta de renúncia de Mantega e ligou para o ex-ministro, para agradecer por seu empenho e desprendimento ao cargo. 

O ex-ministro foi um dos nomes anunciados pela equipe do governo eleito para colaborar durante o processo de transição. Ele iria auxiliar no grupo de planejamento, orçamento e gestão. 

Mantega ocuparia um cargo de voluntário na equipe, pois está inabilitado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal por punição envolvendo o caso das pedaladas fiscais. 

Em sua carta, Mantega acusou os “adversários” de usarem essa condenação no TCU para “tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo”. “Essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo. Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação”, declarou Mantega no documento.

A íntegra da carta de Mantega a Alckmin:

São Paulo, 17 de novembro de 2022.

Prezado Vice-presidente Geraldo Alckmin

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Coordenador Geral da Equipe de Transição

Aceitei com alegria o convite para participar do Grupo de Transição, na certeza de poder dar uma contribuição para a implantação do governo democrático do presidente Lula.

Entretanto, em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na Equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por 8 anos.

Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo.

Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação.

Agradecendo a confiança,

Atenciosamente,

Guido Mantega

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