Coligação Lulista pode abrir mão de presidência da Câmara por governabilidade
Aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), especulam abrir mão da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados no início de 2023, com o objetivo de conseguir maior governabilidade para a nova gestão.
A ideia está sendo debatida internamente e vai depender dos resultados das conversas e negociações futuras com as outras bancadas da Casa. Fazem parte da coligação vitoriosa: PT, Psol, Rede, PSB, PCdoB, PV, Agir, Avante, Pros e Solidariedade.
Na avaliação geral, pode ser melhor para a nova gestão, apoiar outro nome que dê mais condições de unir os deputados federais em pautas que sejam de interesse do futuro governo Lula, ao invés de lançar um nome próprio e perder a disputa.
Até o momento, a ordem é não se envolver diretamente nas corridas presidenciais para a Câmara e o Senado. A única possibilidade em que os partidos da coligação devem lançar um candidato próprio ao comando da Câmara de forma oficial é se tiverem certeza da vitória.
Alguns aliados do novo presidente já se aproximam do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que pode ser reeleito para o posto. A expectativa é que aconteça um encontro presencial em Brasília, na próxima semana. Mesmo que Lira tenha feito campanha para Bolsonaro, petistas acreditam que é possível que Lula e o parlamentar cheguem a um acordo mais adiante. Em troca do apoio do PT e siglas aliadas à sua reeleição, Lira traria os partidos do centrão para próximo de Lula.